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A sífilis (lues) é uma
doença sexualmente
transmissível (DST)
causada uma bactéria, o Treponema pallidum.
É uma doença de
evolução lenta e, quando não tratada, pode permanecer assintomática e continuar
evoluindo por meses ou anos.
A doença pode manifestar-se em três momentos distintos. A
primeira ocorre cerca de três semanas após a
infecção, com o aparecimento de lesões ulceradas, geralmente em região genital. A segunda
Em mulheres a infecção pode resultar, durante a gestação, em transmissão da doença para o concepto.
Cerca de três semanas após a infecção surge uma lesão ulcerada
indolor em
pele ou mucosa (fase primária), geralmente na região
genital, que desaparece mesmo
sem tratamento. Em seguida a doença evolui (dias, semanas) para uma
fase secundária, caracterizada por exantema (manchas avermelhadas) na
pele, que também pode regredir sem tratamento. Após
a involução das manifestações
secundárias a doença fica inteiramente
assintomática e, quando não tratada, evolui silenciosamente (anos) antes de surgirem as manifestações terciárias, que podem incluir comprometimento cardíaco, neurológico e ocular.
Transmissão
A sífilis é uma é mais comumente transmitida por relações sexuais. No entanto, a transmissão, também pode ocorrer através da placenta durante a gestação (sífilis congênita), ou, mais raramente, por transfusão de sangue contaminado. O risco de transmissão sexual é maior nos estágios iniciais da doença, com redução gradual ao longo do tempo. Uma pessoa infectada pode transmitir a doença para outra sem saber, pois muitas vezes a lesão inicial não é percebida e o diagnóstico não é feito. A sífilis não pode ser transmitidaatravés do contacto com assentos de vasos sanitários, piscinas, banheiras, roupas, utensílios domésticos (garfos, colheres, facas etc.).
Riscos
Os riscos de aquisição de síflis existem em todo o mundo, principalmente onde a prática do turismo sexual é comum. Estima-se a ocorrência de 12 milhões de casos novos por ano no mundo, cerca de 90% dos quais nos países em desenvolvimento. O Sul e Sudeste Asiático são as regiões com maior número de casos registrados, seguidos pela África sub-Saariana. No Brasil não se têm dados confiáveis sobre a incidência da doença <= conferir.A
prática de atividades sexuais desprotegidas é mais
freqüente
durante as viagens e risco de
aquisição
das DST depende exclusivamente
do comportamento do viajante. Até 50%
dos viajantes referem contato sexual durante viagens e esta
proporção
é ainda maior nas viagens de longa duração. A sensação
de
anonimato e o uso de bebidas alcoólicas ou drogas
ilícitas
podem diminuir a capacidade de julgamento do indivíduo,
facilitando
a prática desprotegida de atividades sexuais com parceiros
(homens
ou mulheres) de maior risco, como os profissionais do sexo. O
risco de transmissão sexual é maior nos estágios
iniciais da doença, com redução gradual ao longo
do tempo. Uma pessoa infectada
pode transmitir a doença para outra sem saber, pois muitas vezes
a lesão
inicial não é percebida e o diagnóstico não
é feito. Por óbvio, uma pessoa que contraiu sífilis também ficou
exposta ao risco de aquisição de outras doenças sexualmente
transmissíveis (Aids, hepatite
B etc.). O risco de transmitir ou adquirir infecção pelo HIV é de até 5 vezes maior em pessoas com sífilis,
uma vez que as lesões ulceradas podem sangrar com relativa facilidade
e, adicionalmente, representam uima ruptura da integridade dos
mecanismos de defesa da pele.
Medidas de
proteção
A prevenção da sífilis congênitadepende do diagnóstico da infecção em mulheres grávidas. Todas as grávidas devem ser submetidas à triagem sorológica para sífilis na primeira consulta pré-natal e, em áreas onde a prevalência da infecção é alta, também na 28 semana de gestação e no pós parto imediato. Quando o diagnóstico de sífilisé confirmado,as gestantes devem ser imediatamente tratadas para evitar a transmissão da doença para o concepto. Adicionalmente, as gestantes com sífilisdevem ser testadas para infecção pelo HIV. A testagem dos recém nascidos para sífilis não é recomendada, uma vez que os exames podem ser não reativos quando a mãe tem testes sorológicos com títulos baixos ou quando a infecção ocorre próximo do final da gestação.
Cerca de três semanas após a infecção surge uma lesão ulcerada
indolor em
pele ou mucosa (fase primária), geralmente na região
genital, que desaparece mesmo
sem tratamento. Em seguida a doença evolui (dias, semanas) para uma
fase secundária, caracterizada por exantema (manchas avermelhadas) na
pele, que também pode regredir sem tratamento. Após
a involução das manifestações
secundárias a doença fica inteiramente
assintomática e, quando não tratada, evolui silenciosamente (anos) antes de surgirem as manifestações terciárias, que podem incluir comprometimento cardíaco, neurológico e ocular. A infecção de mulheres pode resultar, durante a gestação, em transmissão da doença para o concepto.
Sífilis primária
Após a infecção, entre 10 e 90 dias (cerca de três semanas em média) surge uma pápula (lesão elevada e
arredondada) no local da inoculação do T. pallidum, que evolui em pouco
tempo para ulceração indolor, geralmente única, de
1 a 2 cm de diâmetro, com bordas elevadas, na pele ou
mucosas (genital, lábios, boca etc.) que caracteriza a sífilis
primária. A lesão ulcerada (cancro) permanece por três a seis semanas e desaparece mesmo sem
tratamento, o que não significa que a doença foi curada. Quando
a sífilis primária não é
tratada pode ocorrer disseminação do T.
pallidum através da circulação
sanguínea e a doença continua a evoluir, embora a pessoa não apresente qualquer manifestação.
Sífilis secundária
A sífilis secundáriatem como manifestação mais comum o aparecimento de exantema cutâneo (manchas
avermelhadas) avermelhado localizado ou generalizado, que pode ser observado inclusive nas
mãos (palmas) e nos pés (plantas). O acometimento cutâneo pode estar associado à febre
baixa, dor no corpo, dor de garganta, perda do apetite, emagrecimento,
dor
articular e aumento generalizado dos gânglios. As manifestações da sífilis secundária desaparecem com ou sem tratamento. Contudo, sem tratamento a doença pode continuar a evoluir.
Semanas
ou poucos meses após a sífilis
primária, cerca de
25% dos indivíduos não tratados desenvolvem a sífilis
secundária, que
é uma doença sistêmica cuja
manifestação mais
comum é o aparecimento de exantema cutâneo
(manchas
avermelhadas) disseminado, que pode ser observado inclusive nas
mãos (palmas) e nos pés (plantas).
O acometimento cutâneo geralmente
está associado à
febre
baixa, dor no corpo, dor de garganta, perda do apetite, emagrecimento,
dor
articular e aumento generalizado dos gânglios. Pacientes com sífilis
secundária podem ou
não ter história de lesão ulcerada inicial, pois o
cancro pode ter passado desapercebido por ser indolor ou se localizar
em regiões de difícial visualização (anus,
parte interna da vagina). Em alguns casos, a sífilis secundária
ocorre quando o cancro ainda está presente, o que é mais
comum em pacientes infectados pelo vírus da
imunodeficiência humana (HIV).
Erupções cutâneas e mucosas lesões caracterizam a fase secundária. Esta fase começa normalmente com o desenvolvimento de uma erupção em uma ou mais áreas do corpo. A erupção geralmente não causam prurido. Rashes associados com sífilis secundária pode aparecer como o cancro tem cura ou várias semanas após o cancro tem cicatrizado. A característica erupção de sífilis secundária pode aparecer como áspera, vermelha ou marrom avermelhado manchas tanto nas palmas das mãos e dos fundos dos pés. No entanto, erupções cutâneas com uma aparência diferente pode ocorrer em outras partes do corpo, por vezes assemelhando erupções cutâneas causadas por outras doenças. Às vezes, erupções cutâneas associadas com sífilis secundária são tão fracos que não são notados. Para além de erupções cutâneas, sintomas da sífilis secundária pode incluir febre, inchaço das glândulas linfáticas, dores de garganta, queda de cabelo irregular, dores de cabeça, perda de peso, dores musculares e fadiga. Os sinais e sintomas da sífilis secundária irá resolver com ou sem tratamento, mas sem tratamento, a infecção irá avançar para o latente e, possivelmente, fases tardias da doença.
Sífilis terciária
Sem tratamento, a
doença pode continuar
evoluindo, apesar do regressão das manifestações. Em estágios
mais avançados, pode
haver o comprometimento cardíaco e neurológico.
Sem tratamento, a
doença pode continuar
evoluindo, apesar da regressão das manifestações.
Em estágios
mais avançados, pode
haver o comprometimento cardíaco, neurológico e do tecido
subcutâneo, o que caracteriza a sífilis
terciária. Cerca de
25 a 40% dos pacientes com sífilis
não tratada, desenvolvem a sífilis
terciária.
O latente (escondido) fase de sífilis primária e secundária começa quando os sintomas desaparecem. Sem tratamento, a pessoa infectada continuará a ter sífilis, embora não existam sinais ou sintomas; infecção continua no organismo. Este estágio latente pode durar anos. As fases tardias da sífilis pode desenvolver em cerca de 15% das pessoas que não tenham sido tratadas para a sífilis, e pode aparecer 10 - 20 anos depois da primeira infecção foi adquirida. Nas fases tardias da sífilis, a doença pode danificar os órgãos internos posteriormente, incluindo o cérebro, nervos, olhos, coração, vasos sanguíneos, fígado, ossos e articulações. Os sinais e sintomas da fase tardia da sífilis incluem dificuldade em coordenar movimentos musculares, paralisia, dormência, cegueira progressiva e demência. Estes danos podem ser graves o suficiente para causar a morte.
Confirmação
do diagnóstico
O T. pallidum é uma bactéria que
não é cultivável em laboratório, portanto o
diagnóstico de sífilis geralmente se baseia na
visualização direta do microorganismo em material
clínico (por exemplo, raspado de lesões ulceradas) ou,
mais comumente, em exames sorológicos. Para a
visualização direta do treponema é
necessário equipamento apropriado (microscópio de campo
escuro) e pessoal técnico qualificado, o que limita a
realização deste método diagnóstico a
alguns laboratórios de referência. Os exames
sorológicos são métodos indiretos que dependem da
produção de anticorpos em resposta à
infecção. Portanto nos estágios iniciais da
doença, uma sorologia não reativa não descarta a
possibilidade de sífilis.
Cerca de 30% dos pacientes com sífilis
primária, em vigência de lesões ulceradas,
têm sorologia não reativa, pois ainda não
desenvolveram anticorpos.
A triagem
sorológica é
comumente feita com a relização do VDRL (Venereal
Disease Research Laboratories). Quando o VDRL é reativo,
é recomendável a realização de um outro
método sorológico para a confirmação do
diagnóstico, pois em algumas situações o VDRL pode
ter um resultado falso positivo (doenças febris agudas,
tuberculose, gestação, doenças hepáticas
crônicas, neoplasias em estágios avançados, lupus
eritematoso sistêmico, entre outras). O resultado dos
exames reativos do VDRL é expresso em títulos de
anticorpos (1/4, 1/16,
1/32...) e pode ser utilizado para o acompanhamento da resposta ao
tratamento.
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