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Transmissão
Após a transmissão, o vírus do sarampo se
replica na mucosa da nasofaringe e nos gânglios linfáticos
regionais. Dois a três dias após ocorre
disseminação através da corrente
sangüínea (viremia primária) para o sistema
retículo-endotelial, onde o vírus se replica. Entre
Riscos
Região |
1996 |
1997 |
1998 |
1999 |
2000 |
2001 |
2002 |
2003 |
2004 |
2005* |
Total |
Norte |
95 |
231 |
245 |
91 |
17 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
679 |
Nordeste |
170 |
4.547 |
607 |
369 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
5.693 |
Sudeste |
318 |
45.503 |
618 |
359 |
15 |
1 |
1 |
0 |
0 |
2 |
46.817 |
Sul |
169 |
1.770 |
1.046 |
39 |
3 |
0 |
0 |
2 |
0 |
4 |
3.033 |
Centro-Oeste |
39 |
1.613 |
265 |
50 |
1 |
0 |
0 |
0 |
0 |
0 |
1.968 |
Total |
791 |
53.664 |
2.781 |
908 |
36 |
#1 |
#1 |
#2 |
0 |
#6 |
58.190 |
Medidas de proteção
A vacina contra o sarampo confere imunidade contra a
infecção em mais de 95% das pessoas. A vacina é produzida com vírus
atenuados e pode ser utilizada de forma isolada ou em associação com a da rubéola ("dupla
viral" ou SR) ou, adicionalmente, com a da caxumba ("tríplice viral", SRC ou MMR). A realização de testes
sorológicos antes da aplicação da vacina contra o sarampo é, geralmente, desnecessária.
A vacina contra o sarampo, como qualquer outra, pode ter contra-indicações
e produzir efeitos
colaterais, em geral pouco freqüentes e desprovidos de gravidade. Como todas as vacinas produzidas com vírus atenuados
está contra-indicada
durante a gestação. Como regra geral, pelo mesmo motivo, também não deve ser utilizada em
imunodeficientes, exceto em
situações especiais e com avaliação
médica.
No Calendário
de Vacinação atual está prevista a aplicação da MMR para crianças em duas doses, a primeira aos doze meses e a
segunda entre 4 e 6 anos. A vacina também está
disponível nos Centros
Municipais de Saúde, em dose única, para adolescentes e adultos (mulheres até 49 anos e homens até 39 anos). Embora o risco de teratogênese
(mal-formações congênitas) com o vírus
vacinal pareça ser pequeno, a gravidez deve ser evitada durante,
pelo menos, os 30 dias seguintes à aplicação da
vacina. Para reduzir as chances de infecção de pessoas
que tenham contra-indicações (como gestantes e
imunodeficientes), os contactantes podem e devem ser vacinados contra a rubéola (inclusive com a MMR), uma vez que o vírus vacinal não é
transmissível.
No Brasil, o sarampo passou fazer parte da lista de doenças de
notificação compulsória em
1968. Todos os casos com suspeita diagnóstica de sarampo devem ser notificados ao Centro
Municipal de Saúde mais próximo, para que possam
ser adotadas, rapidamente, medidas que diminuam o risco de disseminação
da infecção para a população. A MMR pode ser utilizada para bloqueio de surtos ou epidemias de sarampo (ou de rubéola, ou de caxumba), com o objetivo de proteger os indivíduos não imunes, ou seja, os que nunca tiveram sarampo e os que ainda não tenham sido vacinados de forma adequada. A vacinação precoce (feita até 72 horas depois do contato), pode impedir o desenvolvimento do sarampo, porém não é capaz de evitar a rubéola e nem a caxumba.
A evidência de imunidade contra sarampo é dada pela comprovação sorológica da infecção ou pela imunização (Sarampo, SR ou MMR) documentada com o Cartão de Vacinação. Nas condições epidemiológicas atuais, onde os casos são raros, a história de "sarampo" com diagnóstico exclusivamente clínico, sem comprovação sorológica, não permite presumir com grau de certeza razoável a existência de imunidade contra a doença. O Cives recomenda que o viajante não vacinado, que não tenha comprovação sorológica de imunidade, observando-se as contra-indicações, receba a vacina ou, eventualmente, realize exames laboratoriais para verificar a imunidade contra sarampo.
Manifestações
O período entre a infecção e o início dos
sintomas (incubação) é de cerca de 10 dias (8 a 14).
As manifestações iniciais do sarampo
(período prodrômico) são febre
alta (39-40 °C), tosse "seca" persistente, coriza, conjuntivite e
aumento dos gânglios linfáticos (linfonodos) do
pescoço. No final do período prodrômico, surgem
pequenos pontos branco-azulados (manchas de Koplik) na mucosa oral próxima aos molares, que são característicos do sarampo. Um a dois dias depois de surgirem as manchas de Koplik, aparecem manchas avermelhadas na
pele (exantema máculo-papular eritematoso), inicialmente
na linha de implantação dos cabelos e que
progridem da face em direção aos pés (progressão
céfalo-caudal). As manchas de Koplik desaparecem um a dois dias depois do início do exantema cutâneo, que geralmente tem cinco a
seis dias de duração.
Tratamento
Disponível em 02/12/2006, 09:21 h.
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